O livro “O trabalho pós reforma trabalhista (2017)” é organizado por José Dari Krein, Marcelo Manzano, Marilane Oliveira Teixeira e Patrícia Rocha Lemos e publicado pelo Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Rede de Estudos e Monitoramento Interdisciplinar da Reforma Trabalhista (Remir).
No decorrer dos dois volumes sobre “O Trabalho” e “Negociações Coletivas” pós-reforma trabalhista de 2017, temos um sólido caminho de reflexão sobre a concepção, implementação e, principalmente, sobre os resultados das mudanças ocorridas no mundo do trabalho, no Brasil, a partir da aprovação da Lei nº 13.467 de 2017. A extensa obra organizada por José Dari Krein, Marilane Oliveira Teixeira, Marcelo Manzano e Patrícia Rocha Lemos reuniu pesquisadores do trabalho de várias instituições brasileiras, sob coordenação do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho do Instituto de Economia da Unicamp (Cesit-IE/Unicamp), da Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista (REMIR) e do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Ao longo de seus vários capítulos, aborda os impactos da reforma trabalhista sobre a economia e sobre o mercado de trabalho, os efeitos sobre a dinâmica da estrutura ocupacional, do emprego e da desigualdade salarial no Brasil, assim como o avanço das formas de contratação flexíveis, o teletrabalho, plataformas digitais, alterações na jornada de trabalho, impactos sobre o movimento sindical, nas negociações coletivas e sobre as instituições públicas do trabalho, entre outros.
A rigorosa abordagem dos temas, assim como a organização da obra, deixa claro os principais resultados de uma pesquisa coletiva feita por várias mãos em diferentes instituições: sob impacto da reforma trabalhista, a economia brasileira prosseguiu a trajetória de relativa estagnação iniciada em 2015, o volume de empregos prometidos não foi gerado, ampliou-se a desigualdade ocupacional e salarial com o avanço de formas flexíveis de contratação, uso e remuneração da força de trabalho, em um cenário de enfraquecimento dos sindicatos, das negociações coletivas e das instituições públicas do trabalho.
Longe de promover a retomada do desenvolvimento brasileiro, a reforma trabalhista acentuou a histórica desorganização do mercado de trabalho, sendo aliada da crescente desorganização da economia nacional no período recente.
Volume 1 - O trabalho pós reforma trabalhista (2017)
Volume 2 - As negociações coletivas pós reforma trabalhista (2017)