Juliana Nakamura Freitas | Orientador: Célio Hiratuka
A indústria automotiva mundial vem passando por intensas transformações ao longo dos últimos trinta anos. A convergência de sua estrutura às cadeias globais de valor redesenhou a geografia da produção e do consumo no setor. Dessa maneira, o objetivo central deste trabalho é observar como o Brasil se insere neste novo contexto, a partir de sua posição e inserção na rede de comércio internacional da indústria.
A partir da metodologia de análise de redes, de forma a complementar os resultados de indicadores tradicionais, foi possível constatar que apesar de o país ter ocupado o lugar de oitavo maior produtor e de quarto maior mercado da indústria automotiva global em 2014, no concernente à sua centralidade na rede mundial de comércio, tanto no âmbito das montadoras quanto das autopeças, o Brasil vem se tornando menos central.
Tal resultado pode ser interpretado como uma indicação de uma dependência crescente da indústria automotiva brasileira com relação à dinâmica de sua demanda doméstica, sem que isto se reverta em maior inserção nos fluxos de comércio internacional do setor.
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