TESE
Autor: Rogério Dias de Araújo | Orientação: Célio Hiratuka
Os Acordos de Livre Comércio não podem ser concebidos e realizados de forma desconexa aos objetivos de desenvolvimento produtivo da economia brasileira. É preciso construir para os próximos anos uma íntima conexão entre estratégia de desenvolvimento produtivo e tecnológico, integração produtiva e comércio internacional, nas várias dimensões ofensivas e defensivas.
E para essa construção será necessário ter disponível, além dos modelos tradicionais de análise de impacto de acordos de livre comércio, baseados em modelo de equilíbrio geral ou parcial, novas ferramentas de análise que tenham capacidade de incorporar informações relevantes sobre a sensibilidade setorial em um nível mais desagregado.
Acordos de Livre Comércio, especialmente com países desenvolvidos, ou que apresentam uma estrutura produtiva competitiva, tem que ser concebidos com mais cuidado, já que podem resultar em impactos imediatos negativos em setores estratégicos como, por exemplo, aos ligados aos produtos de maior valor agregado.
Os resultados encontrados na análise de um possível acordo entre Brasil e União Europeia sugerem que a abertura comercial deve ser realizada ao longo de um determinado período, e não de forma imediata, ainda mais considerando a diversidade tecnológica e produtiva. Reduções imediatas tarifárias podem resultar em choques produtivos irreversíveis para a estrutura produtiva brasileira.
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