Jacqueline Aslan Souen | Orientação: Paulo Eduardo de Andrade Baltar
TESE

A crise da dívida externa na década de 1980 interrompeu a industrialização do país em um momento de avanço da indústria no mundo. O atraso industrial do país continuou aumentando nos anos 1990, período da abertura econômica, e, em momentos favoráveis à atividade da economia, modestos aumentos do PIB foram acompanhados de forte ampliação da importação de produtos manufaturados. Esse cenário foi desfavorável ao mercado de trabalho, especialmente nos momentos de arrefecimento da atividade econômica, evidente nos elevados níveis de desemprego e do emprego não formal e na permanência da alta proporção dos baixos salários médios.

Contudo, após 2003, o quadro modificou-se e houve crescimento mais expressivo do PIB, intensa geração de emprego formal, redução do desemprego e aumento da renda do trabalho com diminuição das diferenças de rendas entre os trabalhadores. Aumentos do valor do salário mínimo e os reajustes salariais das categorias profissionais acima da inflação tiveram importante papel na elevação do nível com redução na desigualdade das rendas do trabalho, porém, esta desigualdade continua sendo muito alta no Brasil.

O presente estudo argumenta que o país não desenvolveu, no momento oportuno, categorias profissionais de nível nacional, com pisos salariais condizentes com as principais atividades que geram as ocupações da categoria profissional. Em consequência, a desigualdade de renda dentro das ocupações é muito grande e reduz lentamente, com o aumento do valor do salário mínimo e com os reajustes salarias das categorias profissionais acima da inflação.

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